Este ensaio propõe-se a analisar as ligações da filosofia transcendental com a experiência a partir do conceito de signo histórico. Este conceito aplica-se a um acontecimento histórico que, enquanto tal, permitiria “passar” da experiência histórica ao domínio supra-sensível do Progresso: enquanto indicador de uma disposição moral da Humanidade, o signo comprovaria a Ideia de progresso. O signo histórico identificado por Kant é “a maneira de pensar dos espectadores”, expressa durante a Revolução francesa. No entanto, Kant emprega ao mesmo tempo o vocabulário do desinteressamento, característico do juízo de gosto, e o do entusiasmo, característico do sublime. Esta equivocidade lança dúvidas sobre o estatuto de signo atribuído a esta maneira de pensar e sobre a modalidade pela qual uma passagem do empírico ao transcendental se torna possível.
edição digital e impressa publicada em novembro-dezembro de 2016 pelas Éditions Ionas; 2ª edição digital revista e corrigida publicada pelas Éditions Ismael.
Introduction
Reconstruction d’une critique kantienne de la prédiction téléologique et du progrès
– a) Pars destruens: la critique de l’annonce politique, de la prophétie ecclésiastique et de la divination.
– b) Pars construens (1): l’hypothèse de l’Histoire universelle et l’impératif morale du Progrès.
– c) Pars construens (2): le signe historique
II. Déduction de la prétention de l’expérience de la Révolution française à constituer un signe historique, moral et universel
– a) L’interprétation arendtienne d’une philosophie politique du jugement de goût.
– b) La critique habermassienne d’un modèle politique issu de la faculté de juger.
– c) La position de Lyotard.
– 1. La critique du sens de la communauté.
– 2. Une politique du sublime.
Conclusion
Bibliographie