Este ensaio propõe-se a analisar as ligações da filosofia transcendental com a experiência a partir do conceito de signo histórico. Este conceito aplica-se a um acontecimento histórico que, enquanto tal, permitiria “passar” da experiência histórica ao domínio supra-sensível do Progresso: enquanto indicador de uma disposição moral da Humanidade, o signo comprovaria a Ideia de progresso. O signo histórico identificado por Kant é “a maneira de pensar dos espectadores”, expressa durante a Revolução francesa. No entanto, Kant emprega ao mesmo tempo o vocabulário do desinteressamento, característico do juízo de gosto, e o do entusiasmo, característico do sublime. Esta equivocidade lança dúvidas sobre o estatuto de signo atribuído a esta maneira de pensar e sobre a modalidade pela qual uma passagem do empírico ao transcendental se torna possível.
Le Signe Historique
La seconde section du Conflit des Facultés et sa réception au XXe siècle
